sábado, outubro 16

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olivetti pede palavras, quem quiser deixe um verso:

eu vou ligar de novo
a madrugada esta pesada pesada demais para ser só

não sinto-me só, sinto-me vazio. Me falta a certeza de te encontrar quando voltar

aham claudia senta lá


um dia vazio como a geladeira

uma manhã vazia como o meu estomago

estamos cheios de vazios... cheios|

junto se esta, ao mesmo tempo que também se está so
não temos a garantia da presença, nem da solidão
o vazio está cheio de ar...

a busca por um lugar seguro, onde os pés possam ficar
busca inutil talvez, mais inutil é nao buscar

romulo guimaraes nogueira romulo alan franca paiva silva

tenho pego uma mania interessante, vez ou outra fico
acocorado, vendo os moveis da casa de baixo, talvez para
perceber que o que importa é levar a vida com simplicidade

Mês de Outubro

tá foda

domingo, outubro 3

Elições, política... sempre rola um papo.


Tipo assim:

- Não vou votar em ninguém, eu vou votar tudo nulo, não acredito em nenhum candidato.
- Cara, se você pensa assim, então você é um analfabeto político.
- Não sou analfabeto político, eu não quero votar em ninguém e nem discutir a política de nenhum desses candidatos.
- Então, você é um analfabeto político.
- Nem sou analfabeto político, pra mim eu sou um anarquista, só não sou mais anarquista porque não sei o que significa.

E nessa brincadeira eu endoido, né?

Ausência (Vinicius de Morais)

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz

Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho desta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado

Eu deixarei… tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado

Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.



*mas que diabo é se apaixonar, sentir saudade e num sábado à noite assistir sozinha um filme do caralho e depois ler Vinicius de Moaris.