terça-feira, julho 28

Resposta à Del



Perguntas-me tu o que faço eu para parar o frio?
Dessa vez não poderei de te responder... Enfrento eu o frio em todos os invernos da minha vida. Enfrento eu a dor nos ossos, as mãos geladas, e tudo o mais (frio, saudade, demônios).
Enfrentai, e só.
Não só, mas comigo e nossos versos.
Eu sinto uma paixão muito grande, vermelha da cor dos teus cabelos, marcante feito o contorno dos meus olhos.
Não sei se a culpa é tua ou minha, mas minha vida tá intensa, a minha vida tem paixão, meus olhos brilham quase o tempo todo. Eu amo, amo e amo!
Nós amamos tudo juntas, e isso é bom, e quase tudo é bom.
Agradeço-te:
Por resgatar meu coração, por alimentar a minha fome pelas palavras.
Sobre o frio, tenhas calma. O inverno passa e nossa poesia fica.

domingo, julho 19

O frio, a saudade e outros demônios


Não coloquei os meus óculos, minha visão está turva, mas eu não quero enchergar bem enquanto eu escrevo sobre os males que me atormentam manhãs, tardes, noites e sobretudo minhas madrugadas que são manhãs, tardes e noites ao mesmo tempo ou não são nada disso. Essa é uma questão que só as madrugadas podem resolver entre si, não cabe a mim discutir sobre a natureza delas.
No entanto, cabe à mim falar de tais demônios, do frio e da saudade. De quando eu amanheço com as articulações doendo, passo as tardes com a garganta seca e com dor no estômago de ansiedade e à noite eu coloco minhas meias nos pés. O frio castiga mais os meus pés em comparação com o resto do meu corpo frio que naturalmente é quente, ou eu quis dizer o contrário disso, ou eu não sei o que eu ralmente estou dizendo.
Estou falando do frio, menino, que tu não conseguiste afastar de mim nesta última madrugada. Estou falando da saudade, não da saudadde de ti, que não sou capaz de sentir, mas da saudade de eu sinto de tudo, daqui e dali, destes e daqueles... Esse demônio chamado saudade, auqle demônio chamado frio, e um demônio chamado tu, e junstos, como num complô, saculejam o meu sono, roubam meu cosbertor, minhas meias, minhas paz, rolam e se deleitam sobre os pensamentos da minha mente insone. O pior é que depois de tudo, tu vais embora, mas a saudade que não é de ti, o frio e companhia ficam me fazendo companhia. Juro que não ligo quando vejo que tu sempre queres andar pela estrada oposta à minha, e quando vejo que tu não vês, nem ouves toda loucura que eu faço e falo dizendo que é por ti, não ligo. Só não me negues mais meias, cobertor, sono e pensamentos. E quando fores embora, levai contigo o frio, a saudade que não é de ti e os demais, de demônio já basta eu, e eu nem caibo em mim.

sábado, julho 4

Que na balança não pesa

Bem aquela menina, aquela mulher... que enche os olhos daqueles que nem acreditavam que havia possibilidade de existir no mundo tamanha beleza num corpo daquele tamanho, olhos e boca... daqueles tamanhos. Toda imensa, inteiramente completa. Por onde passa deixa luz, ela também possui uma luz imensa.
Mas eis que há no mundo aquele menino, aquele homem... que desde sempre encheu os imensos olhos dela, não só os dela mas muitos olhos, pequenos e grandes... e ele gosta, porque sabe que é muito. Tão muito ao ponto de encher tamanhos olhos, os olhos imensos dela.. que de tanto ver (sem crer) achava que nada um dia faria sentir-se com os olhos cheios, mas a imagem dele encheu os seus olhos ... se ela gostou, eu não sei.
E o gosto dele encheu sua boca, o cheiro dele encheu seu imenso pulmão... e a alma dele, não ocupou espaço algum em seu imenso coração. Talvez ele não tenha alma, ela também não tem alma, sabemos disso, e pode ser que ele não tenha.
Os dois são o fim, não começaram, nem terminaram, só são o fim, não existem na vida real.

Os dois são muito grandes para serem eles dois, só existe ela, só existe ele, não existe "eles dois".
Ela vai comê-lo, começando pelos pés, para alimentar seu imenso desejo... essa é minha única certeza sobre aquela menina, aquela mulher.

quarta-feira, julho 1

oh!


"É que Narciso acha feio o que não é espelho"