sexta-feira, junho 11

Em seus devidos lugares, apenas as consoantes e as vogais

Para a agonia da sua cabeça, peito meu
Para noites mal dormidas em minha cama, peito seu
E que tudo que nos fere seja pequeno
Que nada nos mate
Pois ainda há muito que sonhar
E muito mais o que viver
Meu colo, e não aspirina
Seu peito, e não morfina
É que é a cura do nosso mal
E que tudo que nos cura seja grande
Esteja em nós que somos grandes
Seja maior do que nós, e somos grandes
Mais forte que antídoto no veneno
Que suaviza e gela tudo feito sereno
Toma-me pelos poros
Sacoleja-te os ossos
Quer dar jeito em tudo e nos pune feito deus
Joga-nos numa estrada de mão única
E a gente se faz de cego
E qualquer um vai à contramão
Só pra reclamar de juízo fraco pro coração
E este diz: não.
Não vai nos ouvir não.
É nosso amor ensinando ao coração
Colocando-nos de castigo
Porque na estrada ele bem nos jogou
Mas parece que a gente endoidou...

Um comentário:

Lella Cristina. disse...

Muito lindo! cada dia melhor! meu blog preferido, fora o meu! rsrs