Eu estava andando triste, eu não estava andando tristemente, eu simplesmente andava em uma rua triste e eu estava triste nãoseiporquê, na verdade eu acho que nem estava tão triste assim. Enfim, triste ou não, o sol estava se pondo, estava fazendo frio e eu sentia uma vontade miserável de fazer xixi.
Mas uma coisa fez todo esse quadro cinza-alaranjado mudar. Uma bicicleta passou por mim e na garupa desta dita bicicleta tinha uma criança, uma criança muito linda, não uma criança linda qualquer, era a criança mais linda que eu ja vi em minha vida.
E a bicicleta andava, e eu também... E a criança começou a olhar para mim, olhava muito, não parava, e eu, ja incomodada e lisongeada na mesma proporção sorri e ela retribuiu! Um sorriso trilindo... E ela continuava a sorrir e a olhar, até que a bicicleta virou a esquina e eu, tal qual uma boba que segue seu idolo virei a esquina também, eu a procurei e a encontrei, e a criança continuava lá, olhando para mim e sorrindo. Sim! Ela estava sorrindo para mim, só para mim. Aí eu percebi que de triste (Estou me contradizendo? Essa caminhada nunca foi triste) passou a ser tão promissora quanto os sonhos de uma jovem gestante. Aí a criança gritou: "Voçê é a mãe de quem?" E eu me assustei e continuei feliz (Ahh sublime felicidade) soltei outro sorriso e lancei um olhar cheio de vida em direção à bicicleta e depois abaixei o meu rosto como se tivesse respondido: "Eu não sou mãe de ninguém".
Um comentário:
Trilindo amei !
alguém anda sensibilizando ela! Milagres acontecem !
:*
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