sexta-feira, agosto 29

Falta de cultura não existe?

Hoje na aula de geografia, o professor levou um assunto interessante para aula, a pluralidade cultural e as culturas regionais no Brasil, é claro que ninguém debateu, o prefessor falou pouco e falou sozinho.
Mas o meu profesor disse uma coisa intrigante, ele disse que não existe falta de cultura ou cultura ruim. Foi o meu que me dar uma facada no peito, me senti discriminada por ser preconceituosa com a falta de cultura, eu assumo esse meu prconceito.
Que existem culturam diferentes eu sei, isso eu respeito e até admiro a riqueza da pluralidade cultural que há aqui, o nossso país tem uam sociedade formada com heranças culturaiss oriundas de várias partes do mundo mais a cultura local, a cultura indígena, bom, isso é muito bom! Mas falar que não existe gente sem cultura*, isso eu não concordo não, é óbvio que eu não falei isso para o professor ele não me entenderia, não me daira ouvidos, como sempre.




*Gente sem cultura: pessoas que não procuram conhecer e respeitar as diferenças culturais, nada mais, nada menos que isso.

terça-feira, agosto 26

Lisbon Revisited*

Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)—
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a
Sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!

Ó céu azul -o mesmo da minha infância
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ô mágoa revisitada,
Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz!
Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!


*(Fernando Pessoa)

quarta-feira, agosto 20

depois de uma noite de pesadelos...

O que explica essa falta de humanidade?
Não quero refleti sobre isso.
Quero segurança.

Burrice


Há três tipos de burros:

-o burro que tem noção da sua burrice, mas alimente o anseio de sair da sua condição de asno, busca a fuga da ignorância, uma burrice que todos têm, mas pode ser deixada pra trás, se assim o burro quiser (burro-inteligente);


-o burro que tem noção da sua burrice, mas não faz nada para se livrar dessa ignorância congênita. Esse é o pior tipo de burro, a maioria das pessoas pertencem a essa espécie, infelizmente (burro-optativo);


-o burro que não tem noção da sua burrice, é um coitado, quase subumano, talvez a espécie mais feliz. Ele não sabe de nada, não vê nada, não fala nada. Feliz e coitado (burro-ignorante)



Há também os burros que acham que não são burros, mas eles são tão ínfimos que não merecem uma definição. Não existe a espécie "não-burro", isso é utopia, é melhor atribuirmos a essa espécie não-existente a divindade, adoremos o "não-burro" para quem sabe uma dia nos tornarmos sua imagem e semelhança. Até lá, relinchemos então.

segunda-feira, agosto 18

Ironia, vil companheira

Sou vítima da minha própria ironia, pago pelo meu próprio sarcasmo, como dói meus amigos, como dói. Vivo escrevendo, na maioria das vezes por puro prazer, outras vezes sou abrigada, não reclamo, o importante é escrever, acho que não nasci para escrever, mas mesmo assim insisto, lutando contra a natureza, pra ser sincera, ainda não descobri pra quê que eu nasci mesmo.
Voltando ao papo furado, cheio de sinceridade inútil, tava falando, da ironia, amiga, vil e linda, companheira traiçoeira, maldita! Bendita seja a ironia que eu não consigo abandonar, porque eu nasci com ela, vou morrer com ela, vou morrer sozinha.
Muitas pessoas não conseguem perceber que eu sou séria, mesmo sendo irônica, as pessoas vêem a ironia como uma "gracinha", mas não, não é, é iiiiisso que me esmaga, já condenada a usá-la sempre, quando falo, quando escrevo, quando penso, enfim, estou condenada a ser vista para sempre como uma "engraçadinha", não sou "engraçadinha".

quarta-feira, agosto 13

O preço que se paga

Não é fácil, definitivamente, comprovado e aprovado, se bem que eu já sabia, ser visionário requer muita paciência, não é preciso força de vontade, as pessoas não são assim porque querem, já nascemos assim, questionadores, com anseio de mudança, pregando idéias mirabolantes, ora utópicas, ora nem tanto, enfim... eu nasci assim, e quer saber? Não sei ao certo se sou sortuda ou azarada, na dúvida, prefiro continuar na dúvida.
Às vezes, dá vontade de sair correndo e chorando, gritando: "ah, bando de filhos da puta!", quem me conhece bem sabe que isso não nada difícil pra mim, mas não é assim que conquista a confiança e o apoio desses Filhos da Puta (com todo respeito às putas), a gente tá sozinho, somos poucos, uma meia-dúzia de gente que nasceu com "num sei o quê lá" diferente dos outros, quando a gente pára pra pensar, e percebemos que é uma grande solidão viver num mundo em que a grande maioria das pessoas não conseguem pensar, opinar, discutir, criticar, ser um humano normal (ser humano, ser-humano) sabe?
O mais triste é saber que como todos, vai chegar uma hora que eu vou entregar os pontos e me entregar ao sistema, muito, muito triste saber que isso aconteceu com os nossos irmãos de ideologias antecedentes, vai acontecer comigo e com os que virão, eu posso até desistir agora e falar que acho tudo tão perfeito e bonito e ir ali no bar da esquina tomar uma coca-cola, mas por enquanto não, não vou me entregar.
Com o tempo, a gente se enche de tudo isso, aí é aquela hora que as pessoas falam que finalmente crescemos, nos tornamos iguais a eles, não crescemos, regredimos, concordamos e começamos nossa vida "normal", finalmente somos empregados do capitalismo doentio, consumidores, esquecemos de nós. Mas enquanto essa hora não chega, seremos os chatos, prontos para mudar. Somos os mortos, e eles respondem "realmente, sois os mortos".

domingo, agosto 10

Dia dos Pais



Mais uma vez, eu aqui, falando coisas que raramente falo pessoalmente para as pessoas, prefiro escrever, se por acaso elas lerem, ótimo, se não lerem, bom também, alguém no mundo tem que acreditar que meu coração não é de pedra, é mole como uma Maria-mole, esse alguém é o meu Pai, a pessoa mais linda do mundo, bom de coração, O SER-HUMANO. Sinceramente... que sorte a minha ser filha de dele, uma pessoa que se preocupa com os outros, que cuida da família, que ama em silêncio(muito silêncio), que merece muito mais do que eu faço por ele, merece a benevolência que ele dá às pessoas.

Meu pai, papai, Bubuzinho, Jurandi,

Te Amo Demais

sábado, agosto 9

"A cada ato enceno a diferença..."

Hoje sim, fazia muito tempo, parei pra pensar e senti vontade de chorar, não significa que eu tenha chorado, só senti vontade, e como faço na maioria das vezes, engoli as lágrimas, estavam salgadas como todas as outras.
Chorar, às vezes não tem graça.

segunda-feira, agosto 4

Trocadilho

Espie só o que tenho pra dizer e deixe de agonia
trocando apenas duas letrinhas
transformamos alergia em alegria!

Não Vale a Pena

Maria Rita
Composição: J. E P. Garfunkel


Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível e depois enxergar
Que é uma pena, mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema, de tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível e eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos e o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
Que é uma pena, mas você não vale a pena