quarta-feira, fevereiro 4

Abrace-me, meu amor


Abrace-me, porque aqui está chovendo e essas ruas molhadas, esses pingos que caem nos meus cabelos, embaçam as lentes dos meus óculos e eu preciso deles para te enxergar pulando na poças d'água... toda essa umidade no ar me parece muito mais chata quando estou longe de casa, por isso eu preciso e te peço de um abraço, meu amor. Abraços sempre me fazem bem, e eu bem sei que te fazem bem também.
Assumo que eu tenho esse jeito largado, medida a bicho solto, gente que não toma jeito mesmo na vida mas você me conhece, eu minto às vezes, na verdade, eu minto quase sempre. Então pode ser que eu esteja só fingindo não gostar de ser vigiada, nesse caso, pode me vigiar o quanto quiser, que eu vou adorar fingindo não adorar, claro. Mas lembre-se: abrace-me, meu amor.
Só mesmo um abraço pra me salvar dessa loucura, me curar dessa doença, me livrar de coisas que eu não sei o nome. Tudo fica mais bonito quando eu ganho o seu abraço, meu amor. Deve ser por isso que o mundo sempre parece estar tão bonito pra mim.

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